O trabalho voluntário nos presídios
Iniciativa leva a mensagem da salvação e transforma vidas dentro do sistema prisional
A Associação Vitória em Cristo acredita que promover a reabilitação e reintegração de indivíduos à sociedade evita a reincidência de crimes, o que é benéfico para todos. Por isso, a Avec apoia a capelania prisional desde 2010, atuando em unidades prisionais e promovendo inclusão digital, assistência jurídica e escola bíblica.
Lêda Vieira é a coordenadora dessa assistência religiosa nas Unidades Prisionais no Complexo de Gericinó, que fica no Rio de Janeiro. Uma das iniciativas é o culto de escola bíblica que acontece em sete unidades prisionais, atendendo a 700 alunos e contando com 89 agentes religiosos voluntários. Para o acompanhamento da atividade, os internos recebem Bíblias e revistas de estudo da Palavra.
O projeto também promove o curso de informática, que acontece três vezes na semana, além de palestras, entrega de apostilas, aplicação de prova e trabalho escrito simulando a utilização do computador para o desenvolvimento de uma empresa que o preso vai abrir quando cumprir a pena. Para isso, Lêda conta com o professor Luis Ricardo Soares.
“A recompensa é ver os egressos trabalhando, assim como o Reinaldo, que trabalha para um órgão da justiça através de uma empresa terceirizada há uns três anos; outro que vende Bíblias através da internet; outro, ainda preso, que pretende reabrir o negócio de pipas onde ganhava muito dinheiro legalmente”, conta o professor Luis Ricardo.
Um coração voluntário
A capacitação dos agentes religiosos é feita pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP), que credencia os voluntários e garante o acesso deles para que o trabalho seja realizado. Cada voluntário se dedica de coração, alma e intelecto, pois contribui para que a mensagem da salvação seja plenamente explicada e vivida pelos detentos.
O que levou Iris Neide a se voluntariar foi o amor por vidas e fatalidades pessoais. “Tive dois primos assassinados e fiquei revoltada! Porém, recebi convite para participar de um trabalho no presídio juntamente com pastora Elizete e, ao chegar lá, quando olhei para aquelas detentas, o amor falou mais alto. Decidi me empenhar nesse trabalho para que vidas fossem transformadas através da Palavra de Deus”, revelou.
A pastora Fátima Nobre acredita que “o voluntariado é uma expressão de fé que se manifesta em serviço ou em obras”. Para ela, a recompensa maior é fazer a diferença na vida de outras pessoas enquanto aprimora suas próprias competências pessoais, aplicando os ensinamentos de Jesus, o que gera um sentimento de propósito e de satisfação por praticar o bem.
O pastor Paulo Amorim compõe o atual grupo de voluntários e destaca a abrangência de suas atividades: “Nossa cooperação é múltipla, pois atinge toda tricotomia humana, bem como família e sociedade”. Para Deborah Freire, o resultado é gratificante: “Acredito que a maior recompensa é que [os internos] tenham suas almas livres mesmo cumprindo pena”.
O agente religioso Carlos Alberto do Sacramento comenta que, apesar da sociedade ver a prisão como o fundo do poço, eles, os voluntários, enxergam aquelas pessoas como Jesus faz. “Todos precisam de uma nova chance, uma nova oportunidade!”, ressaltou. Ao que Dc. Vicente Rondon complementa: “A evangelização nos revela o grande amor de Deus para com toda a humanidade”, indicando o propósito maior do voluntariado, que é servir em amor.
Colabore com esse projeto social fazendo uma doação: doar.vitoriaemcristo.org
Fonte: AVEC
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