Caso aconteceu por volta das 22h desta segunda-feira (9) em Riachuelo, na Falha de Samambaia.
Por g1 RN
Professor da UFRN mostra em tela local onde ocorreu tremor de terra sentido no RN — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Um tremor de terra de magnitude 1.7 na escala Richter foi registrado na noite desta segunda-feira (9) na zona rural de Riachuelo, no interior do Rio Grande do Norte.
O abalo foi confirmado pela Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), que monitora a região. A escala vai de 1 para os tremores mais fracos a 9, para os mais fortes.
O caso aconteceu às 21h59 no horário local. Segundo o laboratório, moradores do município e de cidades próximas, como São Paulo do Potengi, relataram ter ouvido um estouro, como de uma explosão, seguido do tremor de terra.
De acordo com os pesquisadores, o tremor ocorreu na Falha de Samambaia, uma rachadura de aproximadamente 40 km na placa tectônica - a mesma que provoca os conhecidos terremotos de João Câmara.
"Esses tremores são causados pelas falhas que entram em movimento devido a pressões sofridas no interior da terra", explicou o professor geofísico Eduardo Menezes, da UFRN.
Ponto vermelho mostra local do tremor de terra em Riachuelo, RN — Foto: Labsis/UFRN
Segundo o professor, embora o tremor tenha sido de baixa magnitude, pode ter ocorrido em uma área mais rasa, próxima da superfície, o que torna o evento mais perceptível à população. Outro fator é o horário da ocorrência. Com menos barulhos de veículos e muitas pessoas já deitadas, é possível perceber melhor o tremor.
"Na hora que ocorre o tremor de terra, é comum as pessoas sentirem a vibração do solo acompanhado por um barulho, tipo uma explosão, um estouro. Isso é mais comum para quem está mais próximo da área central, onde ocorreu o tremor de terra", disse.
O Labsis acompanha e registra tremores de terra no Rio Grande do Norte e em todo o Nordeste e repassa as informações a órgãos como a Defesa Civil. Apesar do monitoramento, os pesquisadores apontam que não há nenhum sistema que preveja os abalos futuros.
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