O espaço destinado aos pinguins no Zoológico de Bauru já não tem mais o tanque de água vazio e nem as luzes apagadas. A areia do espaço já tem pequenas pegadas, o tanque está cheio e a água balança de lá para cá, no movimento depois de cada mergulho. Algumas pessoas mais atentas logo reparam no novo morador e soltam: "Olha, tem pinguim!" Há cerca de 50 dias em Bauru, o novo pinguim-de-magalhães já encanta os visitantes. Desde 2015, a instituição não tinha um exemplar da ave, tão comum na costa de alguns Estados brasileiros no período de migração.
A história deste pinguim-de-magalhães é a mesma de centenas que acabam se perdendo nas praias brasileiras. Quem conta é o veterinário do Zoo, Lauro Soares. Ele foi resgatado em julho de 2018 no norte do Estado do Rio de Janeiro. Era um grupo de quatro aves. "Geralmente, elas chegam às praias muito debilitadas e não conseguem comer", conta Lauro. No Zoo, o pinguim se recupera de uma pneumonia e apresenta inflação nas patas. Assim que chegou ao Zoo, a ave apresentava uma respiração ruidosa. Segundo Lauro, as radiografias feitas mostravam sinais da pneumonia. Mas o pinguim de Bauru virou o jogo e evoluiu bem no tratamento. "Os exames mostram isso", garante.
PINGUIM DE BOTAS
Lauro conta que, assim que chegaram ao Rio, o grupo de pinguins apresentava sinais de uma pneumonia fúngica, comum na espécie. Para a eficiência do tratamento, o contato com a água precisou ser cortado. De tanto ficar em pé, o pinguim do Zoo desenvolveu uma inflação nas patinhas. "A anatomia das patas dos pinguins não é feita para sustentá-los em pé", informa o veterinário.
A boa notícia é que ele evolui bem demais também desse problema. Com o objetivo de acelerar o processo, o pinguim de Bauru usa "botinhas" para manter a medicação localizada e melhorar o amortecimento. O nado no tanque está liberado.
Fonte: JCNET
Fonte: JCNET
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