11 de agosto de 2021. Se vivo estivesse, Aluízio Alves
completaria nesta quarta-feira 100 anos. Quinto filho do casal Manoel
Alves Filho (1894-1986) e a dona-de-casa Maria Fernandes Alves
(1891-1975), o jornalista, empresário e ex-ministro nasceu no dia 11 de
agosto de 1921, em Angicos, cidade localizada aos pés do Pico do Cabugi,
na região central do Rio Grande do Norte. Ao todo, a família era
composta por nove filhos, sendo que uma menina (Maria) resistiu apenas
três dias; e outro morreu antes mesmo de nascer.
Leia Mais
A
irmã mais velha de Aluízio Alves era Maristela Alves (falecida em
janeiro de 1975, aos 56 anos). Pela ordem de nascimento, a segunda mais
velha do grupo de irmãos é Maria Neusa Alves, 100 anos. Aluízio Alves
era o terceiro mais velho. O mais velho dos irmãos após o ex-ministro é
Garibaldi Alves (ex-deputado), 98 anos. O quinto filho mais velho era
Expedito Alves, ex-prefeito de Angicos assassinado em 1983 na praça da
cidade.
O sexto filho era José Gobat Alves,
falecido em maio de 2004 após passar cerca de 12 anos em coma. O
acidente que lhe colocou em tal estado aconteceu em 1992 e vitimou
fatalmente sua mulher, Maria José de Vasconcelos Alves (1933 - 1992). A
freira Carmem Alves (falecida em 04 de fevereiro de 2018, aos 91 anos)
era a sétima da linhagem. Ela era irmã Dorotéia e dirigiu a ordem
religiosa em Natal.
Os dois irmãos mais novos
de Aluízio Alves são Maria de Lourdes Alves, 93 anos; e Agnelo Alves
(falecido em 21 de junho de 2015, aos 82 anos). Dos nove filhos do
casal "Nezinho Alves" e "Dona Liquinha", apenas Agnelo Alves, que foi
prefeito de Parnamirim e senador da República, não nasceu em Angicos. Em
1932, no auge da Revolução Constitucionalista, Nezinho Alves era
prefeito da cidade e achou melhor enviar sua mulher para Ceará-Mirim,
onde Agnelo nasceu.
Mais de cinco décadas de união
Quando
Aluízio Alves casou-se com dona Ivone Lyra Alves, em setembro de 1944,
na igreja Santa Terezinha, no Tirol, tinha 24 anos e ela 18. Segunda
filha de uma família de cinco irmãos descendentes do casal Luiz e Lydia
Lyra, dona Ivone conheceu o futuro marido ainda na adolescência na praia
da Redinha, onde as famílias passavam o veraneio.
Em
agosto do ano seguinte ao casamento, nasce, em Natal, o primogênito
Aluízio Filho, que se tornou empresário. Com o patriarca eleito deputado
federal, a família se muda para o Rio de Janeiro, onde, em dezembro de
1948, nascem os gêmeos Henrique Eduardo – deputado federal por 11
mandatos consecutivos, desde 1971 – e Ana Catarina, que também foi
parlamentar durante as legislaturas 1997-1999 e 1999-2003. O caçula do
casal Aluízio e Ivone é o jornalista Henrique José, nascido em Natal, em
janeiro de 1962. Dona Ivone faleceu aos 77 anos, no dia 30 de agosto de
2003, em decorrência de um infarte fulminante.
Menino prodígio
Menino
prodígio e político precoce, Aluizio Alves sempre esteve à frente do
seu tempo em diversas áreas de atuação. Herdou o gosto pela política do
pai, o comerciante Nezinho Alves que foi prefeito de sua terra. Já aos
11 anos, entre antigos membros do Partido Republicano, como o
ex-governador José Augusto Bezerra de Medeiros, e da Aliança Liberal,
como o monsenhor João da Maria Paiva, e o ex-prefeito de Caicó Dinarte
de Medeiros Mariz, participou da fundação do Partido Popular (PP). Foi
em 12 de fevereiro de 1933, na então provinciana capital do RN,
iniciando assim uma longeva carreira político-partidária, que só
terminou com sua morte aos 84 anos, no dia 06 de maio de 2006, depois de
sofrer uma isquemia cerebral.
Eleito deputado a
primeira vez à Assembleia Nacional Constituinte pela UDN (União
Democrática Nacional) do Rio Grande do Norte, em fevereiro de 1946, era
empossado aos 24 anos, o mais jovem constituinte do país. Foi eleito
mais três vezes deputado federal, tendo deixado a Câmara dos Deputados
após ter sido eleito governador do Estado em 1960.
Em
1966, voltou a se eleger deputado federal, sendo cassado em 1969 pela
Ditadura Militar. Voltou à Câmara Federal para o último mandato
(1991-1994) e exerceu cargos de ministros da Administração e da
Integração Regional, nos governos José Sarney (1985-1990) e Itamar
Franco (1992-1994), respectivamente.
Fonte: Tribuna Do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário