CURIOSIDADES SOBRE A CIDADE DE CEARÁ -MIRIM
A etimologia da cidade de Ceará-Mirim permanece uma incógnita. Em seu livro "Nomes da Terra: História, Geografia e Toponímia do Rio Grande do Norte", o historiador Câmara Cascudo nos dá algumas alternativas propostas por outros historiadores, todas remontando à língua tupi[8]. José de Alencar sugere que o nome Ceará tenha origem na expressão tupi cê-ará, fala ou canta o papagaio. Teodoro Sampaio nos dá ceará ou cemo-ará, sai papagaio ou papagaio de saída, ou ainda papagaio da fonte ou do rio. Temos ainda as versões de Paulino Nogueira e João Brigido que sugerem, respectivamente, çoô-ará, verdadeiro tempo de caça e ciri-ará, caranguejo branco. Seus habitantes são chamados ceará-mirinenses.
História
Inicialmente povoada por índios potiguares às margens do Ryo Seara[9], posteriormente rio Ceará-Mirim. Os potiguares fizeram seus primeiros contatos com o mundo ocidental através do comércio de pau-brasil com franceses e espanhóis. Posteriormente, com a consolidação da colonização do Brasil, foi ocupada pelos portugueses.
Desde sempre a varze do Ryo Seara (posteriormente Rio Ceará-Mirim) foi ocupada, pois eram terras proveitosas para o cultivo, e lá se instalaram lavouras e pequenas criações de gado. Por todo o século XVIII houve inúmeras sesmarias, dividindo completamente a região com maior ou menor utilidade para a agricultura, notadamente de proprietários de Extremoz[10]. Os primeiros engenhos de Ceará-Mirim surgiram posteriormente ao ano de 1840, mas em 1858, quando ocorreu a transferência da sede, havia notável desenvolvimento industrial e pecuário.
Na relação do Ouvidor Domingos Monteiro da Rocha[11], em junho de 1757, já se inclui a Povoação do Ceará-Mirim, onde diz-se "com bastantes moradores". A primeira escola surgiu apenas em 1858, instalada em Bôca da Mata, município de Extremoz. A primeira reunião em Câmara Municipal) ocorreu em 14 de outubro de 1858, na Vila do Ceará-Mirim[9]
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