CURIOSIDADES  SOBRE HUMBERTO CASTELO BRANCO  (1964-1967) - História do Brasil
Humberto de Alencar Castelo Branco
 foi filho de general, nascido em 1897, no Estado do Ceará. Ingressou na
 carreira militar, em 1918, com os estudos na Escola Militar do 
Realengo. Tornou-se general do Exército em julho de 1962. Durante o governo presidencial de João Goulart (1961-1964), o general Castelo Branco articulou um Golpe Militar no país conjuntamente ao general Artur da Costa e Silva,
 o vice-almirante Augusto Rademaker, e o tenente-brigadeiro Francisco de
 Assis Correia Melo. Respectivamente, esses três últimos mencionados 
eram ministros militares do Exército, da Marinha, e da Aeronáutica.

A proposição das Reformas de Base
 e a mobilização para executá-las no governo de João Goulart 
desencadearam a reação de setores conservadores da sociedade, como os 
supracitados militares, os proprietários de terras e a interferência de 
setores políticos estadunidenses na política brasileira. Dentre essas 
reformas constavam a reforma agrária, a bancária, a financeira, a 
universitária, a ampliação do direito ao voto, e outras medidas que 
pretendiam atenuar as desigualdades sociais
 no país. Assim, em 1° de abril de 1964, formou-se uma Junta Militar 
composta pelos ministros militares para depor João Goulart e evitar a 
implementação das Reformas de Base, instaurando o Golpe Militar de 1964.
Em 9 de abril de 1964, foi promulgado o Ato Institucional n° 1 do governo militar que possibilitou ao poder Executivo
 cassar mandatos eleitos, suspender direitos políticos, e declarar o 
estado de sítio. No dia seguinte, o Congresso elegeu o general Humberto 
Castelo Branco presidente da República. Castelo Branco era um militar da
 vertente moderada das Forças Armadas, próximo à política estadunidense,
 realizou um governo que teve por base de apoio das parcelas mais 
conservadora da União Democrática Nacional (UDN), dos militares, dos tecnocratas, e da classe média.
Após um ano de governo, a base de apoio dos setores médios urbanos 
começou a diminuir devido às medidas repressivas e às práticas 
econômicas de arrocho adotadas pelos ministros da Fazenda, Otávio 
Bulhões, e do Planejamento, Roberto Campos.
 Assim, a situação do regime foi derrotada pela oposição nas eleições em
 Estados importantes como Guanabara e Minas Gerais. Em decorrência 
disso, foi editado, em 27 de outubro de 1965, o Ato Institucional n° 2
 que dissolveu os partidos políticos existentes. Desse modo, passou a 
vigorar no país o bipartidarismo: o partido governista era a Aliança Renovadora Nacional (Arena), e a oposição era representada pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). E, em 5 fevereiro de 1966, foi decretado o Ato Institucional n° 3 que estabeleceu eleições indiretas para os cargos de governadores estaduais e presidente da República.
O governo de Castelo Branco tornou-o impopular por conta das medidas 
econômicas anti-inflacionárias, para garantir o pagamento de dívidas no 
exterior, e por causa das medidas repressivas que atingiram até mesmo 
políticos apoiadores do Golpe Militar. Sob as manifestações do MDB no 
Congresso, em outubro de 1966, o governo do general Castelo Branco foi 
substituído pelo governo do general Artur da Costa e Silva.
Costa e Silva alinhava-se à ala da “linha dura” das Forças Armadas, 
assim tornando o regime ainda mais fechado e perseguindo cruelmente a 
oposição. O governo de Castelo Branco terminou em março de 1967, quando 
assumiu o presidente Artur da Costa e Silva eleito indiretamente por uma
 junta de militares, designada “Comando Supremo da Revolução”. A indicação de Costa e Silva para a presidência propiciou ainda mais o fechamento do regime militar.
 
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