CURIOSIDADES SOBRE JOSÉ DA SILVA XAVIER O MARTE DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA
1 -Barba e cabelo
Diferente do que mostram as imagens dos livros didáticos, Tiradentes nunca usou barba e cabelos longos. Por ser militar, o máximo que poderia usar era um discreto bigode. Na hora do enforcamento, ele estava de cabelo raspado e barba feita.
2 – Perdeu a cabeça
Após o enforcamento, seu corpo foi esquartejado. As 4 partes foram postas em alforjes com salmoura, para serem exibidas no caminho entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. Sua cabeça ficou exposta em um poste, em praça pública. Na terceira noite, foi roubada e nunca mais encontrada. A casa de Tiradentes em Vila Rica foi demolida, e o chão, salgado, para que nada brotasse naquele solo.
3 – Mineiro no Rio
Apesar de ser mineiro, foi no Rio de Janeiro que Tiradentes entrou em contato com as ideias revolucionárias iluministas e também se dedicou a melhorias urbanas na cidade, idealizando o abastecimento regular para a população, a construção de moinhos e serviços de barcas de transporte de passageiros.
Ironicamente, 30 anos depois de ter projetado essas melhorias, Dom João VI mandou fazer a canalização do rio, seguindo os planos de Tiradentes. Em 1889, exatamente 100 anos depois, o engenheiro André Paulo de Frontin canalizou as águas da Serra do Tinguá, dentro dos mesmos moldes arquitetados pelo inconfidente.
4- Novo herói
Não foi a morte que o transformou em um herói.
Tiradentes só foi reconhecido como tal 98 anos após sua morte. Em 1870, o movimento republicano o elegeu como mártir cívico-religioso e antimonarquista. A data de sua morte tornou-se feriado nacional em 1890.
Tiradentes teve também exaltada sua imagem de militar patriota, quando nomeado patrono da nação pelo governo militar, em 1965, enquanto os movimentos de esquerda não deixaram de recorrer a ele como símbolo de rebeldia.
5 – Comparação com Jesus Cristo
A primeira pintura oficial de Tiradentes data de 1890, de autoria de Décio Villares, apresenta Tiradentes como Cristo, com barbas e cabelos longos.
Reprodução/iosclinica
6- Leilão
No dia 4 de julho de 1792, os instrumentos odontológicos usados por Tiradentes foram comprados em um leilão por Francisco Xavier da Silveira, que pagou 800 réis pela bolsa completa.
Reprodução/mariajosedequeiroz
7 – Filhos
Apesar de não ter se casado, Tiradentes deixou dois filhos: João, que teve com a mulata Eugênia Joaquina da Silva e Joaquina, fruto de seu relacionamento com a viúva Antônia Maria do Espírito Santo.
8 – Sua fama como dentista
Como dentista, Tiradentes não gostava muito de arrancar os dentes de seus pacientes, preferia preservá-los, mas quando era necessário, o fazia. Mas também fazia coroas em marfim e osso de boi para preservar os dentes possíveis
9 – Outros trabalhos
Além de ter trabalhado como dentista, Tiradentes foi também tropeiro, minerador e até engenheiro. Entrou para a 6ª companhia de Dragões de Minas Gerais, como alferes, uma espécie de segundo-tenente
10 – Coração apaixonado
Aos 40 anos, Tiradentes se apaixonou por Ana, filha de um sargento, que tinha apenas 15 anos. O romance não teve sucesso, pois a moça já era prometida a outro homem.
11 – Aparência
Segundo relatos da época, Tiradentes era alto, magro e muito feio.
12 – Prisão
Tiradentes passou seus últimos três anos de vida na prisão antes de ser enforcado.
13 – Últimas palavras
“Pois seja feita a vontade de Deus. Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela libertação da minha pátria”, teria dito Tiradentes ao ouvir serenamente a sua sentença de morte, porém, alguns relatos não oficiais, dizem que, após subir os 21 degraus para chegar à forca, ele teria dito ao carrasco “seja rápido.”
14 – Carrasco
O escravo Jerônimo Capitânia tornou-se carrasco oficial quando trocou sua pena de morte por uma pena de prisão perpétua, ao ter sido encarregado de matar Tiradentes.
15 – Patrono cívico da nação
Tiradentes é o “patrono cívico da nação”, ou seja, o único brasileiro que tem sua data de morte como feriado nacional. É também um dos nomes mais citado no Google, com mais de 2 milhões de páginas de referência no buscador.
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